Você já deve ter ouvido falar do jejum intermitente, um método que promete o emagrecimento através de uma restrição dos períodos de alimentação. As redes sociais estão cheias de depoimentos de pessoas que declaram ter perdido bastante peso com essa dieta. Mas ela é realmente uma boa opção? Nós, da KEA Clinic, produzimos esse artigo para te ajudar a entender mais sobre o jejum intermitente, confira:

Pode-se definir o jejum intermitente como um método de emagrecimento que busca intercalar períodos de jejum com períodos de alimentação, também conhecidos como janelas. Seu objetivo é a eliminação dos estoques de massa gorda corporal.
Existem diversas variações desse método, onde o intervalo de jejum dura de 10 até 24 horas. O mais comum é o de 12 horas, onde são indicadas apenas três refeições ao dia, com jejum das oito da noite até às oito da manhã.
No método Leangains, desenvolvido pelo nutricionista sueco Martin Berkhan, o jejum é de 16 horas, com uma janela de alimentação de 8 horas. Berkan é considerado por muitos como o precursor das dietas de jejum intermitente, juntamente com o médico e jornalista Michael Mosley.
O protocolo coma-pare-coma é uma dos mais restritivos. Nesse método a pessoa fica um ou dois dias na semana completamente em jejum. São 24 horas sem a ingestão de nenhum tipo de alimento.
A origem do jejum intermitente seria baseada na alimentação do homem na época paleolítica, onde o ser humano na condição de caçador não tinha acesso a alimentos várias vezes ao dia. Também são dados como exemplo as práticas milenares de jejum por grupos religiosos.
A Associação Brasileira de Nutrição – ASBRAN emitiu em fevereiro deste ano um parecer técnico sobre o jejum intermitente. Segundo o documento:
“1. As investigações sobre a perda de peso entre indivíduos obesos e com sobrepeso sugerem perdas de peso e de massa magra equivalentes entre jejum intermitente e restrição energética contínua.
2. Os protocolos sugeridos de restrição alimentar podem favorecer comportamentos de compulsão alimentar em dias de consumo alimentar.
6. As recomendações usuais de fracionamento do número de refeições com intervalos de 2 a 3 horas promovem maior oferta e biodisponibilidade dos nutrientes, manutenção de níveis sanguíneos constantes de compostos bioativos, redução de episódios compulsivos, redução do nível de cortisol sanguíneo, aumento das concentrações de hormônios intestinais envolvidos na saciedade e menores níveis plasmáticos de insulina e glicose.”
Nossa nutricionista, Renata Farrielo, não recomenda a prática de dietas restritivas. Além de não serem sustentáveis a longo prazo também podem causar ansiedade e incitar transtornos alimentares.
Nossa endocrinologista, Dra. Elaine Dias, também traz algumas observações sobre o jejum intermitente:
- O padrão alimentar com menor ingestão calórica, como o jejum intermitente, até ajuda quem quer emagrecer, porém, a maioria dos indivíduos engorda novamente depois de seis meses ou um ano. E o pior: somente 20% das pessoas conseguem manter o peso perdido.
- Quando a pessoa começa com mudanças radicais na alimentação acontecem diversas adaptações no organismo. Entre elas está o aumento da fome. Esse efeito sanfona é muito prejudicial para a saúde. Restrições severas provocam muitas vezes efeitos graves, o melhor é fazer pequenas mudanças no estilo de vida.
- Se você está grávida, amamentando, é diabético ou tem uma condição que exige que fique atento aos níveis de açúcar no sangue, melhor evitar esse tipo de dieta. Um longo período de restrição poderia induzir a hipoglicemia, que é a queda dos níveis de glicose no sangue, e trazer consequências mais graves.
- Alguns grupos de pessoas correm maior risco de efeitos negativos associados ao jejum, que podem incluir dores de cabeça, tonturas e incapacidade de concentração. Os grupos vulneráveis normalmente incluem idosos, jovens (menores de 18 anos) e quem tem problemas emocionais ou psicológicos envolvendo alimentos, incluindo qualquer histórico de distúrbios alimentares.
- A adoção do jejum intermitente ainda divide especialistas. Se é melhor se arriscar na restrição, vai de cada um. O importante é tomar essa decisão com o auxílio profissional.
Não existe uma fórmula mágica para perder peso que funcione para todos. Manter hábitos saudáveis e uma alimentação equilibrada em nutrientes e quantidades adequadas promove um emagrecimento sustentável e duradouro. Procure sempre a orientação de um nutricionista qualificado.
Aqui, na KEA Clinic, contamos com uma equipe multidisciplinar qualificada, que avalia cada caso individualmente para garantir os melhores resultados.
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